

Luísa Mell é uma ativista da causa animal que está sempre contando histórias de cachorros resgatados das ruas e dos maus tratos. Desta vez, ela revelou que chegou a atropelar um motociclista na tentativa de salvar um cachorro. Além do acidente, Luísa disse que havia outro agravante: ela estava em um local perigoso, repleto de bandidos.
Durante sua participação no programa “Que História é Essa Porchat?”, Luisa contou um caso curioso e cheio de tensão. A ativista disse que já era tarde da noite quando recebeu uma mensagem com a foto de um cachorro todo sujo de sangue. Sem pensar duas vezes, ela chamou uma outra pessoa para acompanhá-la na missão de resgate.
“Eu sempre vou para todos os lugares resgatar e nunca meço as consequências. Essa vez eu estava com meu bebê, Enzo, que não tinha nem um ano, eu estava com o celular e chegou desgraça. Era um cachorro ensanguentado, uma coisa pavorosa, que não dava para esperar o dia seguinte. Já era umas nove da noite. Só que eu nunca vou para a roubada sozinho, sempre chamo alguém para ir comigo”.
A loira confessou que já pediu autorização do tráfico para entrar em determinados locais: “Aí liguei para o Rafael Leal, que era um dos meus parceiros, ‘Rafa, olha a foto do cachorro, pelo amor de Deus, eu não posso ir sozinha’. Ele disse: ‘Tá bom, daqui a pouco eu vou, tudo bem’. Veio, me pegou em casa, já era dez horas. Eu estou acostumada a ir de dia, de noite é um pouco mais tenso. De dia, tem lugares que eu chego e falo: ‘Oi, sou a Luisa Mell’, a pessoa do tráfico deixa, só vim salvar o cachorro’. Mas a noite… Esse lugar era novo”.
A caminho do local onde se encontrava o cachorro, Luisa contou que estava muito escuro quando aconteceu o acidente: “Eu sei que estava escuro, e foi ficando muito escuro, e aí, de repente, bum! Do nada, não vi da onde veio, uma moto bateu no carro. Eu sei que era um local muito deserto e de repente começou a aparecer muitos homens”.
A ativista só foi perceber onde estava, quando disseram que Polícia não poderia entrar no local: “E eu desesperada, porque o moço da moto caiu, e eu: ‘Não, peraí, vamos chamar a polícia’. Aí alguém falou: ‘Aqui a polícia não entra!’. Eu demorei para me ligar que a polícia nem vem. Eu estava achando que era tipo: ‘Ah, coitados, a polícia nem chega aqui'”.
Ainda meio perdida com o que estava acontecendo, Luisa disse que seu parceiro a atentou sobre o que estava rolando: “E o Rafael começou: ‘Você não está vendo que são bandidos? Vamos embora’. Aí veio o bandido maior e eu disse: ‘Moço, deixa eu te falar, eu saí da minha casa, deixei meu bebê, para salvar um cachorro que está ferido, como que eu posso deixar uma pessoa ferida?’. E naquele momento eu acho que salvei a minha vida”.
A ativista contou que colocou o homem ferido no carro para levá-lo ao hospital, mas passou em um local pior ainda, pois o motoqueiro estava sem documentos e precisava ir em casa para buscá-lo. De repente, o homem contou não queria ir para o hospital:
“Moça, eu não vou para o hospital’. E eu: ‘Como assim? Me dá seu telefone’. Depois fui até o outro lado (do bairro) pegar o cachorro, e eu falei: ‘Você não sabe, tenho que levar os remédios para o moço’, e a mulher: ‘É tudo bandido, você está preocupada?’. Eu falei: ‘Estou preocupada com o cachorro e com o moço, não importa se é bandido, se ele tá com dor, para mim importa'”.
Luisa contou que ligou no dia seguinte para o rapaz de 19 anos e revelou como o homem conseguiu ajuda: “Vou falar uma coisa aqui que não sei se pode dar complicações, mas ele falou que tinha um médico que podia pagar e que atende os bandidos, e eu paguei”.